Sou mãe de cinco filhos e vovó de um, mulher resiliente e, acima de tudo, humana. A minha jornada com a psicanálise começou não em uma sala de aula, mas nas profundezas de uma dor silenciosa. Aos 26 anos, enfrentei uma separação difícil que me levou a um ciclo profundo de depressão. Foram anos calados, em que ninguém percebia o que eu vivia por dentro e eu também não conseguia pedir ajuda. Mas foi ali, no fundo do poço, que decidi cavar e não me enterrar.

A busca por respostas me levou à psicanálise, e esse encontro transformou minha vida. A análise foi meu primeiro acolhimento. Trouxe luz, lucidez e força para seguir com propósito, não apenas por mim, mas por quatro vidas que dependiam de mim. Como terapeuta no Instituto CEREV, trago comigo essa bagagem de vida e amor pela escuta.

Acredito que acolher uma família é mais do que aplicar uma técnica: é enxergar além do comportamento, é abraçar com empatia, é oferecer segurança para que cada mãe e criança possam florescer no seu tempo. Minha missão aqui é clara: contribuir para que famílias atípicas encontrem um espaço seguro onde suas histórias sejam ouvidas com respeito, suas dores sejam cuidadas com sensibilidade, e seus caminhos sejam reconstruídos com esperança. Porque saúde mental é, acima de tudo, um ato de amor, e ninguém merece caminhar sozinho.